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EXTRA-SENSORIALIDADE
INSIGHT
EMPRESAS QUE COMBINAM ESTRATÉGIAS DIGITAIS E FÍSICAS ALCANÇAM UMA TAXA DE RETENÇÃO DE CLIENTES 23% MAIOR.
MAIS QUE PIXELS E CÓDIGOS
Esse insight não se trata de rejeitar o digital, mas de entender como ele pode se tornar uma extensão poderosa do mundo real, criando experiências e vivências tão significativas quanto aquelas que ocorrem fora das telas. O documentário A Extraordinária Vida de Ibelin oferece uma perspectiva interessante sobre isso. Ele narra a história de Mats Steen, um jovem com uma doença degenerativa irreversível, que encontrou nos mundos digitais uma forma de viver plenamente. Por meio de jogos online, Mats, conhecido como "Ibelin", construiu amizades e relacionamentos profundas, explorou novos universos e criou memórias que, apesar de digitais, tiveram um impacto real e transformador em sua vida e na daqueles ao seu redor.
O digital não precisa ser vazio ou superficial. Pelo contrário, ele pode ser um espaço onde conexões autênticas e significativas florescem, ampliando os horizontes de quem participa. A tecnologia, quando usada com propósito, tem o potencial de resgatar o que há de mais humano: a capacidade de sentir, de se conectar e de criar vínculos profundos. O mundo digital não precisa ser uma alternativa ao real; ele pode ser uma extensão dele, oferecendo novas maneiras de vivenciar emoções, interagir e construir histórias memoráveis.
Para marcas, isso representa uma oportunidade única de transformar o digital em um território de experiências com significado. Não se trata de impressionar apenas com inovações tecnológicas, mas de usar essas ferramentas para criar momentos que ressoem emocionalmente com o público. Assim como Mats deu um sentido profundo para a sua comunidade virtual, as marcas podem usar o digital para oferecer experiências que vão além do estético e do funcional, ajudando as pessoas a viverem histórias que importam. É nesse equilíbrio entre tecnologia e humanidade que as marcas podem criar não só conexões, mas também memórias duradouras, mostrando que o digital pode, sim, ser tão visceral e significativo quanto o mundo físico.
CASE
vai um cafezinho
dos sonhos?
1.DO IMPACTO VISUAL
AO SENSORIAL
Num mundo saturado por imagens que disputam a atenção a cada segundo, a verdadeira conexão não se dá pelo que é apenas bonito, mas pelo que é sentido. O visual já não é suficiente para tocar profundamente as pessoas. A pergunta que surge é: como criar experiências que despertem sentidos muitas vezes esquecidos, como o tato, o olfato ou a audição? O impacto real nasce quando o público vivencia algo que o tira da inércia emocional e o conecta a um momento único.
Dica prática: Considere integrar elementos físicos em ativações digitais, como eventos que combinem realidade aumentada com texturas e sons, criando uma experiência híbrida que mexa com o público.
2.REINTERPRETAR O
REAL NO DIGITAL
O digital, muitas vezes visto como um espaço de superficialidade, carrega em si a possibilidade de ser um catalisador do real. Ele pode reinterpretar texturas, sons e memórias de formas que potencializam o tangível, sem que isso signifique substituir o físico. A força está na união dessas duas dimensões, transformando o virtual em uma extensão rica e sensível do que já vivemos no mundo físico.
Dica prática: Experimente usar tecnologias como realidade aumentada para recriar ambientes ou experiências familiares, como sons de um lugar emblemático ou interações digitais que simulam o toque e a proximidade.
3.QUEBRAR A DORMÊNCIA EMOCIONAL
O público anestesiado pela avalanche de estímulos digitais não responde mais ao óbvio. Para despertar emoções genuínas, é preciso desafiá-lo a sair da apatia, a sentir o impacto do inesperado. Não se trata de apenas chamar a atenção, mas de provocar reflexões e sentimentos que criem um momento de pausa em meio ao caos. Esse é o desafio: tornar o extraordinário tangível e inesquecível.
Dica prática: Crie interações que provoquem e surpreendam. Pense em narrativas que comecem desorientando o público, mas levem a um momento de clareza e conexão emocional.
4.ATIVAR MEMÓRIAS SENSORIAIS
Memórias duradouras são sempre sensoriais. Cheiros, sons, texturas — são esses elementos que criam as conexões mais profundas entre pessoas e marcas. No entanto, em um cenário onde tudo é efêmero, trazer essas camadas de profundidade exige intencionalidade. É uma forma de resgatar o poder do simples e o impacto do palpável em meio à abstração digital.
Dica prática: Explore identidades sensoriais para a marca, como sons ou aromas únicos, que possam ser utilizados tanto no digital quanto em experiências físicas. Esses elementos devem ser consistentes e relevantes para a mensagem que a marca deseja transmitir.
5.TECNOLOGIA COMO CATALISADORA DE EMPATIA
No final, a tecnologia não é nem o vilão, nem a heroína. Ela é o meio pelo qual podemos amplificar o humano. O que falta, muitas vezes, é o olhar empático que a transforma de uma ferramenta funcional em uma ponte emocional. Quando usada para ampliar o alcance da empatia, a tecnologia deixa de ser algo distante e passa a fazer parte daquilo que nos conecta.
Dica prática: Ao planejar campanhas tecnológicas, pense no impacto emocional que elas devem gerar. Pergunte: “Como isso faz o público se sentir visto, ouvido ou conectado?” Coloque o humano no centro de cada decisão tecnológica.
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